terça-feira, 6 de setembro de 2011

Encontro ou confronto entre civilizações?

Como muitos invasores, os espanhóis cometeram atrocidades horríveis contra  os  indígenas. Mas, esse comportamento não era normalmente uma atitude habitual. Os espanhóis acreditavam estar oferecendo aos indígenas um presente que superava  qualquer sofrimento: o Cristianismo e a promessa de vida eterna no céu.

Grupos indígenas se aliaram aos europeus no ataque aos inimigos e forneceram informações, guias e intérpretes aos conquistadores. No Brasil, os Tupinambás se aliaram aos franceses e lutaram contra os Tupiniquins, aliados dos portugueses. Sem a colaboração dos indígenas, dificilmente os espanhóis teriam conquistado grupos tão numerosos e organizados, como fizeram astecas e incas.                      

Os indígenas eram capazes de derrubar milhares de árvores de pau-brasil e caçaram centenas de onças, papagaios e macacos em troca de bugigangas oferecidas pelos europeus.                                                                                        

Os portugueses e espanhóis não entenderam que a antropofagia  era um  ritual, um gesto de respeito à honra e a coragem do guerreiro morto. Para os indígenas  comer a carne humana significava guarda o morto dentro de si mantendo vivo seu espírito e adquirindo suas qualidades.                                                              

Os indígenas, porém não entendiam porque o Deus cristão morreu pelos homens, nem porque os cristãos comiam a carne e bebiam o sangue de seu Deus [símbolos do sacramento da Eucaristia]. Para ele eram os homens que deviam se sacrificar para os Deuses oferecendo-lhe sua carne e seu sangue.

Os espanhóis  escravizaram muito indígenas, mas submeteram a grande maioria à encomienda que era  melhor do que a escravidão total. O contato com os brancos foi tão devastador para os ameríndios quanto a peste negra foi para os europeus no final da idade media.  

Fonte: RODRIGUES, Joelza Ester Domingues: imagem e texto. 7º ano. São Paulo: FTD, 2009. p.p. 167-168.  

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